Como uma arqueóloga da imagem, Helena Martins-Costa resgata fotografias do esquecimento: descontextualizadas, refotografadas, ampliadas, recortadas, decapitadas ou reagrupadas, criando um tempo em suspenso em que espontaneidade e manipulação, passado e presente e morte e permanência intrigam e envolvem o espectador.
Artista visual, bacharel em fotografia pelo Instituto de Artes da UFRGS e mestre em poéticas visuais pela ECA-USP, Helena Martins-Costa (Porto Alegre, 1969) se interessa pela construção da imagem fotográfica, as convenções que determinam a priori como as fotografias, principalmente retratos, são construídos — para além das identidades que possam conter. Helena faz isso a partir de um trabalho meticuloso de genealogia do retrato: pesquisa e manipulação de imagens antigas, muitas vezes registros antigos de pessoas anônimas, coletados em leilões, sebos e feiras de antiguidades. Em um processo de arqueologia fotográfica, a artista resgata os registros rejeitados, que sobreviveram ao desaparecimento, promovendo recortes e identificando semelhanças e tipologias nem sempre explícitas. Traz para a superfície, assim, relações imprevistas e fascinantes em um material de origens culturais e geográficas muito diversas, articulando simultaneamente verdade e mentira, imprevisibilidade e construção, documento e monumento. Helena, que vive e trabalha em São Paulo/SP, realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior e teve obras adquiridas para os acervos do MAM-SP e MAM-RJ.
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Helena Martins-Costa
Por um Fio | Partitura 05, 2013-2022
Pigmento sobre papel algodão
160 x 80 cm
Helena Martins-Costa
Por um Fio | Partitura 04, 2013-2022
Pigmento sobre papel algodão
160 x 80 cm
Helena Martins-Costa
Por um Fio | Partitura 01, 2013-2022
Pigmento sobre papel algodão
160 x 80 cm
Helena Martins-Costa
Por um Fio | Partitura 02, 2013-2022
Pigmento sobre papel algodão
160 x 80 cm
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