O rosto de Angola, pela lente de Jordi Burch - Janaina Torres

São Paulo Brasil

O rosto de Angola, pela lente de Jordi Burch

28 de junho de 2017 | 10:11

Sem título, O Rosto da Paisagem, Jordi Burch

Um fotógrafo e um escritor, juntos numa viagem de mais de 2.500 km por Angola, na África. Além da amizade construída nos sete dias de percurso, 700 fotografias e textos resultaram na experiência idealizada pelo Instituto Camões de Luanda. Participaram da trajetória o fotógrafo português Jordi Burch e o escritor angolano Ondjaki, que não se conheciam até então.

As fotografias integram a série “O Rosto da Paisagem”, de Burch, que foi exibida pelo Museu Afro Brasil em 2013, marcando o Ano de Portugal no Brasil.

“O Rosto da Paisagem” é um potente registro da poética de Burch. O deslocamento é uma constante em sua obra, seja o deslocamento espacial entre cidades e países ou o deslocamento do olhar e dos sentidos do espectador.

Sem título 05, O Rosto da Paisagem, Jordi Burch

Veja mais fotografias da série O Rosto da Paisagem aqui.

Segundo Jordi Burch, “a ideia era viajar e produzir”, sem que houvesse nada planejado para as imagens de “O Rosto da Paisagem”.

“É diferente de produzir uma reportagem. Há uma distância dos fotografados, uma poética. Geralmente, a abordagem da África é sensacionalista, intrometida, mexe com a realidade. Quis fotografar as pessoas de longe, para não entrar no cotidiano. As imagens têm um conceito de serem distantes. E, quando a câmera está próxima, ela não é intrometida. E não foi política”.

Ondjaki descreve a experiência: “A ideia era estarmos juntos, viajando de carro por uma Angola que nos apetecesse, munidos do ritmo humano de uma amizade que acabávamos de inventar. Com o percurso aberto, afinal – fomos descobrindo… – rumamos para Sul”.

Saiba mais sobre o trabalho de Jordi Burch aqui.

Nascido em Barcelona, em 1979, Jordi Burch mudou-se para Lisboa aos cinco anos. Vive atualmente em São Paulo. Membro desde 2007 do coletivo “Kameraphoto”, estudou fotografia no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual e já teve trabalhos publicados na National Geographic, Playboy, Grande Reportagem, Expresso, revista Pública, Egoísta, Trip, TPM,  Serafina (folha de São Paulo), Courrier International,  Santa Art Magazine e Financial Times Weekend Magazine.

Em 2008, passou a dedicar-se quase que exclusivamente ao trabalho autoral. Em 2012 fez parte da residência artística Triangle Network, em Lisboa. Expõe regularmente desde 2007.

(Com informações do Museu Afro Brasil)

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