Desde Natal, no nordeste brasileiro, onde vive, estuda e trabalha, Laiza Ferreira arquiteta um novo Cosmos, subvertendo a ordem colonialista e noções de tempo e espaço. Em colagens e apropriações de imagens, imprime no trabalho uma identidade forjada a fórceps, transformando a imagem em um campo de sobrevivência, resistência e cura.
Nascida em Ananindeua (PA), em 1998, e graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Laiza cria imagens e narrativas de carga simbólica intensa, por meio de material proveniente de sites de busca, livros, impressões caseiras e arquivos fotográficos próprios, submetidos a interferências como granulações, texturas e divergências entre resoluções e pixels. Sua cosmogonia, um mashup de retratos de povos e etnias diversos, paisagens terrenas e horizontes astronômicos, e elementos naturais e objetos, instaura um campo multidimensional composto de fragmentos de imagens, no qual história e ficção se misturam — numa atitude frontal de indisciplina e ruptura. Cria, assim, “constelações de precariedade”, como ela define, em busca de uma linguagem nova para contar sua própria história, reconectando-se consigo mesma por meio de signos visuais ainda anteriores ao olhar habitual, fruto de uma ordem cultural imposta, que chamaríamos colonizada.
O trabalho se inicia na busca de imagens de paisagens para o fundo da colagem, para retomar minha própria história, a partir de uma recriação de mundo fabulatória. A minha investigação em re-existência se potencializa na encruzilhada de possibilidades decolonizadoras de imaginário e dos processos de investigação que subvertem as práticas artísticas.
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Laíza Ferreira
Sem título (Série Selváticas), 2017
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Intersecção (Série Construindo narrativas como dispositivo de re existência), 2020
Pigmentos sobre papel de algodão
25 x 25 cm
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Laíza Ferreira
Sem título (Série Construindo narrativas como dispositivo de re existência), 2019
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Construindo narrativas como dispositivo de re existência), 2020
Pigmentos sobre papel de algodão
25 x 25 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Construindo narrativas como dispositivo de re existência), 2019
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Sem Título ( Série Quaseilhas), 2019
Pigmentos sobre papel de algodão
25 x 25 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Construindo narrativas como dispositivo de re existência), 2020
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Sem Título (Série Quaseilhas), 2018
Pigmento sobre papel de algodão
42 x 29.70 cm
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Laíza Ferreira
Sem Título (Série Quaseilhas), 2019
Colagem analógica
10 x 12.80 cm
Laíza Ferreira
Sem Título (Série Quaseilhas), 2019
Colagem analógica
13.40 x 12 cm
Laíza Ferreira
Sem Título (Série Quaseilhas), 2019
Colagem analógica
8.50 x 14.80 cm
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Laíza Ferreira
Sem título (Série Flores Invisíveis), 2017
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Memória Ancestral), 2018
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Memória Ancestral), 2018
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Memória Ancestral), 2018
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Memória Ancestral), 2018
Pigmento sobre papel de algodão
21 x 29.70 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Memória Ancestral), 2018
Pigmento sobre papel de algodão
21 x 29.70 cm
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Laíza Ferreira
Sem Título (Série Memória Ancestral), 2022
Fitotipia em folha de filodendro
18.50 x 8.50 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Memória Ancestral), 2020
Pigmento sobre papel de algodão
21 x 29.70 cm
Laíza Ferreira
Sem título (Série Memória Ancestral), 2020
Pigmento sobre papel de algodão
29.70 x 21 cm