As maneiras plurais de existir, na exposição Entes, coletiva que abre a programação de 2024 da Janaina Torres Galeria - Janaina Torres

São Paulo Brasil

As maneiras plurais de existir, na exposição Entes, coletiva que abre a programação de 2024 da Janaina Torres Galeria

2 de março de 2024 | 11:58
Caio Pacela, Amálgama, 2023, óleo sobre tela, 150 x 200 cm. Caio Pacela, Amálgama, 2023, óleo sobre tela, 150 x 200 cm.

As maneiras plurais de existir no mundo, cuja continuidade é colocada em suspenso pela tensão e vertigem contemporâneas são a linha mestra de Entes, exposição coletiva que abre a programação de 2024 da Janaina Torres Galeria, em São Paulo.


Com curadoria de Shannon Botelho, a exposição, que inaugura 09 de março, traz trabalhos de Antônio Oloxedê, Caio Pacela, Cibelle Arcanjo, Daniel Jablonski, Kika Levy, Laíza Ferreira, Liene Bosquê, Marga Ledora e Matheus Ribs, em obras que servem, a partir de suas afinidades formais e de pesquisa, como porta de entrada para a pluralidade, a partir de sua própria condição de existência.


Entes apresenta uma panorâmica do projeto curatorial da Janaina Torres Galeria para 2024, constituído a partir de quatro eixos temáticos, que sustentam as investigações artísticas: tempo, arqueologias, outras ecologias e fé e crença. A coletiva traz uma amostra de trabalhos em cada eixo, em quatro núcleos expositivos.

Laiza Ferreira, Sem título, 2021 (da série Territórios Imaginados). Colagem analógica, 14,5 x 21,5 cm. Laiza Ferreira, Sem título, 2021 (da série Territórios Imaginados). Colagem analógica, 14,5 x 21,5 cm.

Assim, o núcleo fé e crença reúne as experiências de religiosidade das esculturas encantadas de Antônio Oloxedê, a pintura de Cibelle Arcanjo, que estabelece uma relação fluida entre as entidades espirituais, a natureza e as nossas vidas e pinturas de Caio Pacela, que vinculam-se às práticas neopentecostais, a contemplação e a transcendência dos rituais.

No núcleo tempo e arqueologias, a colagem de Laíza Ferreira estabelece um lugar de alteridade em relação às culturas e povos tradicionais, desafiando o pensamento colonial;  Liene Bosquê apresenta sinais da relação de seu corpo com o mundo, em impressões em tecido impregnadas de memórias de lugares e de pessoas; Marga Ledora, com seus desenhos-pinturas, oferece uma noção singular da experiência do tempo e do lugar; já a pintura de Matheus Ribs elabora uma investigação social em que vidas ameaçadas denunciam conflitos e violações de direitos – obra que faz parte da série Fechar os Corpos, em cartaz na mostra Encruzilhadas da Arte Afro-brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo.

Daniel Jablonski e Kika Levy, em outras ecologias, partem de um trabalho de investigação das relações entre as plantas e a sociedade. Jablonski recupera, em trabalho em vídeo, imagens do século XIX e coloca em questão a domesticação de espécies vegetais, enquanto as monotipias de Kika nos apresentam relvas, crescidas inadvertidamente nos espaçamentos urbanos, que dependem do desejo humano para que permaneçam onde brotaram – ou seja, para existir.

Stills do vídeo “A vida interior das plantas de interiores” de Daniel Jablonski.

Entes
Artistas: Antonio Oloxedê, Caio Pacela, Cibelle Arcanjo, Daniel Jablonski, Kika Levy, Laiza Ferreira, Liene Bosquê, Marga Ledora e Matheus Ribs
Curadoria: Shannon Botelho
Abertura 09.03, 14h às 17h
Término 27.04.2024

Janaina Torres Galeria
Rua Vitorino Carmilo, 427
Barra Funda, São Paulo – SP
Funcionamento:
Terça a sexta-feira: 10h às 18h
Sábados: 10h às 16h

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