Liene Bosquê parte do encontro do corpo com a arquitetura e o ambiente para criar vestígios, impressões, conflitos e reflexos dessa relação. Em uma obra que impregna a matéria de história, memória e de uma experiência sensorial intensa, a artista conjuga resquícios do que se foi e traços do que está por vir.
Radicada em Miami (USA) há mais de dez anos, Liene Bosquê (Garça, SP, 1980) explora experiências sensoriais dentro de espaços naturais, urbanos, arquitetônicos e pessoais. Isto inclui esculturas, objetos, instalações e projetos site-responsive, em um processo muitas vezes arqueológico, no qual enfatiza a memória e história dos espaços, de uma forma que pareçam tangíveis. Liane usa frequentemente materiais que podem ser transformados e tomam a forma de um molde, ou que são capazes de receber uma impressão. Assim, por meio de instalações responsivas ao local expositivo e o uso de materiais maleáveis, arquiteturas rígidas são transformadas em superfícies frágeis, revelando histórias, vazios e ausências, a passagem do tempo e como percebemos a ideia de lugar. Técnicas têxteis e a moldagem têm sido assim o núcleo de uma prática artística que explora uma gama de fibras como algodão, seda e linho, e meios como ferrugem, argila, cera, gesso e látex. Sua produção recente inclui projetos colaborativos com comunidades, uma investigação maior sobre o ambiente natural e ecossistemas e perspectivas sustentáveis para o futuro. Possui prêmios e residências de relevo em sua carreira, além de ter trabalhos expostos em instituições como MoMA PS1, Museum of Contemporary Photography- Chicago; Frost Art Museum- Miami; Carpe Diem em Lisboa- Portugal, entre outros.
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Liene Bosquê
Poem of the Modern, 2010-2015
Corte a laser
63.50 x 46 cm
Liene Bosquê
Poem of the Modern, 2010-2015
Corte a laser
63.50 x 46 cm
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Liene Bosquê
Gowanus I, 2017
Corante de ferrugem em tecido (seda, linho e algodão)
114.30 x 154.50 cm
Liene Bosquê
Collecting Impressions, 2010-2015
Porcelana e ferro
10.16 x 7.62 x 5.08 cm