Videoarte: mais viva que nunca - Janaina Torres

São Paulo Brasil

Videoarte: mais viva que nunca

25 de novembro de 2022 | 09:34
Lucila Meirelles
Frame de Policial (1977, vídeo, p&b, 12′), de Lucila Meirelles
Frame de Policial (1977, vídeo, p&b, 12′), de Lucila Meirelles

A videoarte está mais viva do que nunca! A investigação do olhar encontrou terreno fértil com o aparecimento das novas mídias e tecnologias. A produção de videoarte brasileira é potente desde os anos 70, e até os dias de hoje a experimentação continua a pleno vapor.

Os equipamentos mudaram, os softwares são outros, mas as ideias e as inspirações continuam perseguindo novos caminhos e direções.

A videoarte é um meio de expressão onde o fluxo de imagens não se limita a reproduzir a superfície da realidade, mas sim um vasto campo para criação de narrativas mais complexas e ficcionais através do uso de representações simbólicas e metafóricas.

A imagem em movimento proporciona uma reflexão ampla sobre a estética, padrões visuais e sobre uma nova relação com o tempo e o espaço, ultrapassando assim o elemento narrativo linear, desconstruindo elementos formais e composicionais do código videográfico. Essa linguagem rompe com a perspectiva convencional ao colocar suas histórias em um novo contexto, reprocessando paradigmas: a videoarte como uma outra visão de mundo!

Essa linguagem rompe com a perspectiva convencional ao colocar suas histórias em um novo contexto, reprocessando paradigmas: a videoarte como uma outra visão de mundo!

O NÚCLEO videoarte da Janaina Torres Galeria pretende mostrar obras com conteúdos que saem do universo mainstream e partem para narrativas pessoais com experiências poéticas que permitam uma extensa relação com o outro. Tudo isso de uma forma plástica, alegórica e alusiva.

O NÚCLEO é formado por temáticas contemporâneas diversificadas, e cada obra representa um universo particular com uma subjetividade própria e uma poética aberta: Luciana Magno promove uma integração do corpo à natureza; Bárbara Paz mostra pra gente um mundo em suspensão; Helena Martins-Costa leva o público para uma imagem espaço de risco; Márcia Beatriz traz a criação da irresistível personagem Jaque Jolene; Heleno Bernardi trabalha com a ideia de desconstrução em suas obras; Andrey Zignnatto atua com seu grafismo transformando parte da paisagem; Pedro David faz tremular restos de memórias no crepitar do fogo e Lucila Meirelles produz videoartes que traz a ideia de situações limite.

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O silêncio ancorava as asas ser pedra depende de prática – Pedra Furada, 2015, de Luciana Magno, que integra a mostra Núcleo videoarte

Acreditamos na importância de fomentar e discutir a videoarte contemporânea brasileira no âmbito nacional e internacional através de encontros, reflexão e principalmente exibições. O intuito é compartilhar com o público essa experiência interativa e refrescar o olhar.

Veja página de Lucila Meirelles no Núcleo videoarte aqui.

Lucila Meirelles é videoartista, diretora de TV, performer e curadora, reconhecida como uma das pioneiras da videoarte no Brasil.

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