São Paulo Brasil
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“O movimento oferece oportunidade, recreação e lucro. Para outros, o movimento é perigoso e restrito, e suas expulsões sociais são muito mais severas e permanentes.”1 “É comum que se pense que a arqueologia estuda o passado, mas essa ideia é incorreta. A arqueologia estuda fenômenos do presente: os sítios arqueológicos e outros tipos de registros […]
Honrando o sobrenome que carrega pelas vias do destino, Jeane Terra guarda e perpassa o passado, transpondo o presente com o corpo-tempo que habita suas memórias. Percebe e persegue as ruínas como uma dança alquímica que sobrevive às intempéries da vida. Faz dela sua amiga/família, apreende, escuta o som de seu tempo e sente, aprende […]
A artista e educadora Liene Bosquê narra, em primeira pessoa, os fundamentos de sua poética e os desdobramentos em sua obra: "me interessa a relação entre os lugares e as pessoas – a influência que exercem um sobre o outro, o conflito entre ambos e os vestígios que perduram quando entram em contacto."
Dizem que somos atraídos por pessoas, lugares e situações por ressonância. Não à toa, a história do rio Mekong e sua população chamaram a atenção de Jeane Terra. Se há um tema que atravessa a produção da artista desde o início de sua trajetória, esse tema é a memória afetiva relacionada a lugares e pessoas que deixaram de existir.
Esta é a questão que Janaina Torres Galeria pretende focalizar, ao longo de 2024, em exposições e ações culturais. Quatro eixos sustentam o discurso curatorial: Tempo; Arqueologias; Outras Ecologias; Fé e Crença.
O pintor gosta tanto do mar nordestino que criou um mundo visual próprio, quase mágico, no qual veleiros solitários aparecem como formas geométricas mais ou menos identificáveis.
Para comunicar valores garantidores das existências plurais, não traçamos uma linearidade que discuta os significados que cada trabalho abriga exclusivamente. Ao contrário, quisemos estabelecer uma conexão movente entre obras e artistas, onde cada componente atue como um agente de discursos e lugares, lutas e posicionamentos, crenças e esperanças.
O olhar abissal e feminino para o afeto vertiginoso é o fio condutor desta exposição que agora se apresenta. No encontro de artistas abertas ao imprevisto, a visceralidade e o transbordamento revelam, no abismo do gesto, um caminho para a invenção.
A menos que você seja um daqueles que tentam embalsamar suas lembranças registrando compulsivamente todos os ângulos possíveis de todos os objetos, pessoas e paisagens que encontra em suas viagens, notará que as poéticas Pedro, Paula e Luciana, embora diferentes entre si, têm muito em comum.
Osvaldo Carvalho é essencialmente pintor, não só pela prática da pintura, mas por observá-la, empregá-la e referenciá-la em muito de sua produção. Faz desta linguagem o abrigo, ao longo de mais de vinte anos de pesquisa, de um retrato provocador acerca de problemáticas sociais e ecológicas, ao mesmo tempo que executa uma refinada interlocução com a história da arte ocidental, linguagem e literatura.
A curadora Daniela Name escreve sobre Rumores, mostra de Heleno Bernardi que inaugura Viewing Room na Janaina Torres Galeria e ocupa as paredes da Funarte, em São Paulo.
Como mostra a ArtBasel, a cerâmica ocupa o centro das atenções na arte, atraindo nomes de peso, ganhando mostras e publicações e renovando o vocabulário da escultura e pintura contemporâneas.
Por Mariana Leme | As pinturas de Pablo Ferretti reunidas em Clarão podem parecer paisagens, à primeira vista; um clarão é tanto uma luminosidade intensa, quanto uma clareira, espaço aberto na floresta. Mas as pinturas não são paisagens, apesar de inventivas e artificiosas, como teria gostado Baudelaire, talvez, e os pintores do Rococó.
Os trabalhos recentes do artista Gabriel Pitan Garcia foram desenvolvidos num arco temporal que recobre um período ainda elaborado a duras penas por quem o atravessou1, num momento em que certas relações com as noções de contato físico e superfície têm sido pelo menos momentaneamente reposicionadas e revistas. De algum modo, eles apostam na dimensão […]
* Por Lucila Meirelles. A investigação do olhar encontrou terreno fértil com o aparecimento das novas mídias e tecnologias. A produção de videoarte brasileira é potente desde os anos 70, e até os dias de hoje a experimentação continua a pleno vapor. Os equipamentos mudaram, os softwares são outros, mas as ideias e as inspirações continuam perseguindo novos caminhos e direções.
Por Luciara Ribeiro I Observar as mudanças na obra de Sandra Mazzini foi um passo que envolveu pensar teorias da imagem, processos criativos e a recepção deles. Mazzini é uma artista que busca, na paisagem, maneiras de flertar com o real e o imaginário.
Descrever as obras reunidas em Eclipse implica certos cuidados: como produzir um texto que não seja uma âncora para o espectador, sedento por referentes que situem as imagens de Feco no mundo, e ainda pouco familiarizado com o fato de que o artista é inventor de mundos?
O artista, curador e pesquisador Orlando Franco Maneschy debruça-se em Orgânicos, produção que a paraense Luciana Magno vem desenvolvendo há alguns anos na Amazônia, em que seu corpo é empreendido como elemento da natureza, buscando mimetizar-se ao espaço em que realiza suas performances, orientadas para fotografia e video, que vem sendo bem recebido pela crítica.
O abstracionismo geométrico desenvolvido por mulheres traz provocações e desafios em um campo estético historicamente dominado por homens, questionando uma certa racionalidade geométrica que permeou o pensamento ocidental.
Em seu estudo constante sobre o sagrado, seus respectivos signos e constructos em diferentes sociedades e épocas, a artista foca sua pesquisa à recorrência dos rituais, à presença da astronomia em diversas culturas e principalmente a cerca da constante construção de lugares sagrados, sejam eles voltados à realização de ritos, à morada de uma figura sacra ou destinados aos mortos.
Por Andrey Guaianá Zignnatto * O grande pensador contemporâneo indígena Davi Kopenawa fala sobre um céu que está em situação de queda. Outro tão importante pensador indígena, Aílton Krenak, fala sobre como encontrar meios para adiar o fim do mundo. Ambos discutem nestes pensamentos questões sobre o contínuo processo de extinção dos povos originários e […]
Além da forma, o que envolve as operações que constroem as obras apresentadas por Carolina Martinez, Mano Penalva, Heleno Bernardi, Marina Caverzan, Julia da Mota e Renato Rios não parte apenas de um campo analítico no emprego da geometria.
Pedro Moraleida é um artista que poderíamos chamar maldito ou iconoclasta. Sua obra não tem vergonha de ser escatológica, nem de ser a disrupção de si mesma. Sua verve é passível de reconhecimento somente após a morte. Seja por uma maldição, pela língua afiada ou ainda pela “insujeição”, como o próprio Pedro Moraleida escreveu, ele figura no grupo especial dos artistas que são descobertos tardiamente, geralmente, quando já não oferecem mais “perigo”.
Esculturas de Paula Juchem e fotografias de Andrey Zignnatto refletem sobre o papel da cerâmica na arte Por Cadu Gonçalves * Falar da produção da cerâmica é também falar do desenvolvimento do ser humano e da história da humanidade, nos campos factual, arqueológico e ritualístico. As primeiras peças em argila são datadas de aproximadamente 26. […]
A jornalista e curadora Livia Debbané explora o trabalho de Paula Juchem com a cerâmica, refutando a tradição e destacando o repertório próprio de traços e o colorido da artista com o material.
Projeto curatorial para nossa participação na ArtRio 2020. Simbolicamente, de onde e para qual lugar esse novo tempo nos chama? Creio ser válida a tentativa de, por um momento, abandonar as noções da história objetiva ou de qualquer convenção da ciência antropológica para, dentre tantos ressignificados atuais, compreender a experiência artística circunscrita nos limites de […]
Por Paulo Sergio Duarte O problema na arte é exatamente este: como sentir prazer e, ao mesmo tempo, pensar sobre o que está vendo, e é a isso que somos submetidos diante das telas de Heleno Bernardi. Sua pintura exibe força e tensão junto com a riqueza cromática. Numa mesma tela podemos apreciar essas qualidades […]
Por Cadu Gonçalves O Caminhante sobre Mar de Névoa, pintura à óleo de Caspar David Friedich de 1818, retrata um homem, de casaco preto e bengala na mão direita, de costas ao observador. Esse homem de identidade oculta está na beira de algo que parece um abismo, não se sabe se é o topo de […]
O trabalho de Siri surge da percepção de uma impossibilidade e é emblemático que em Organismo, sua individual mais recente, o universo das abelhas seja o elemento que dê unidade ao conjunto de obras expostas.
Evocando o risco, a beleza e a fé na capacidade humana de seguir sua travessia, Por Um Fio trabalha o limite, a situação extrema, onde um frágil equilíbrio sustenta algo que está à beira do abismo.
Siri, apelido da época do colégio, músico que sempre estudou música, vive a música desde sempre. Trabalhou com música desde quando, ainda criança, tocava e tirava sons de latas. Qualquer uma que caísse em suas mãos se transformava em algo possível de extrair som.
Xenia Bergman * Desde o final do século passado, a arte não mais opera como uma janela para o mundo ou como reflexão de uma perspectiva emancipatória, mas como estratégia. No mundo contemporâneo, toda obra de arte – seja um objeto individual ou a exibição de um todo unitário – aponta para uma consciência histórica, […]
As fotografias de Feco Hamburger exploram o mimetismo do presente. Enquadra os delicados grafismos das estrelas num firmamento onde riscos e raios atestam que no universo “ninguém” dorme. Transforma situações; inverte a arquitetura; imprime uma abrangência de cores tão independente quanto sutil; abre janelas; cria expectativas para mostrar que, tanto no campo quanto na cidade.
Em 2004, na individual que apresentou na Pinacoteca do Estado, intitulada “Noites em claro”, Feco Hamburger mostrou uma série de fotografias em que a questão central era o “tempo longo” dos astros celestiais, captados por meio de tomadas de longa exposição. Outra questão primordial nas fotos então exibidas – e que tanto surpreendeu e encantou o artista – foi a presença de uma luz misteriosa nas fotos, muito embora todas tivessem sido realizadas durante a noite.
Se é verdade que, na arte, o tempo está sempre à espreita, podemos dizer que chegou a plenitude da hora do trabalho de Luciana Magno. A Amazônia arde, o Brasil e o mundo derretem-se em conflitos, o clima entra em estado de selvageria e o movimento adverso global é sentido na pele por vastos segmentos […]
Nos deparamos ao longo da história da arte com imagens que, de alguma maneira, perpassam os nossos sentidos e muitas vezes não conseguimos descrever. Como as imagens noturnas de seres solitários em bares e cafés de Edward Hopper ou os olhares perdidos e longínquos presentes em pinturas de Lucian Freud; imagens de paisagens melancólicas, resíduos […]
Por Daniel Rangel * A trajetória artística de Stephan Doitschinoff, marcada por profundas imersões cíclicas, está vinculada às experiências pessoais vividas desde sua infância. Uma obra com influências formais da pop art e do surrealismo, que é estruturada por um vocabulário singular. Stephan recorre a um léxico iconográfico particular inspirado em símbolos históricos, religiosos, políticos, […]
Por Maria Hirszman * CARACTERÍSTICA MARCANTE da obra de David Magila, a simultaneidade parece ter efeito também sobre seu calendário. Com três exposições inaugurando uma após a outra no mês de maio de 2019, o artista faz uma entrada impactante na cena paulistana. São três espaços diferentes e com vocações distintas, nos quais expõe um […]
Por Taisa Palhares Em sua primeira exposição na Janaina Torres Galeria, David Magila apresenta trabalhos inéditos em pintura e escultura que o apontam como um dos artistas mais promissores de sua geração. Formado em artes visuais, Magila possui um conhecimento técnico que propiciou que se dedicasse, por um bom tempo, à comunicação visual. Sua produção […]
A força e a importância da obra do mineiro Pedro Moraleida, falecido precocemente aos 22 anos de idade, em 1999, ganham sua merecida atenção e repercussão para um público mais amplo com a exposição “Canção do Sangue Fervente”, que o Instituto Tomie Othake exibe até 17 de fevereiro, em São Paulo, sob curadoria de Paulo […]
Em Hy Brazil, uma obra inédita, Daniel Jablonski investiga as narrativas por trás de uma ilha fantasma situada na costa da Irlanda. Chamada Brazil (ou Hy Bressail, O’Brazil, Brazil, Bracil, Bracir, entre outras variantes) muito antes da descoberta do país sul-americano, a ilha esteve presente em praticamente todos os mapas náuticos entre 1325 a 1870. Foi apenas […]
Por Marcelo Salles O livro “Cidades Invisíveis “, de Ítalo Calvino, nos traz a narrativa do comerciante/embaixador Marco Polo ao poderoso conquistador Kublai Khan sobre cidades pelas quais passou em suas viagens pelo vasto império do Khan. Calvino apresenta descrições de cidades inverossímeis compostas por experiências as mais diversas, da literatura das Mil e Uma […]
Por Taisa Palhares Um dos quadros mais icônicos da pintura do século 20, e que se mantém enigmático até hoje, é a tela Porte-fenêtre à Collioure (1914), de Henri Matisse. A composição, em tons de azulado, verde, cinza, mas predominante preto, coloca-se entre a representação e a não-representação de um espaço conhecido, vagamente explicado pelo título, sintetizando […]
No curto intervalo de duração de sua atividade artística, Pedro Moraleida Bernardes dedicou-se ao exercício diuturno, intenso e pleno de uma corrosiva, irreverente e determinada iconoclastia. O desmesurado dessa produção atinge tal dimensão que é impossível não vislumbrar nela uma quase imperativa compulsão a exigir sempre, e mais, o melhor dele. Moraleida elegeu alguns temas como objeto e alvo principal. A complexidade dos questionamentos sobre religião. O intricado das relações entre poder, política e ideologia.
Entre arqueólogo e acupunturista, nas palavras de Renato Rezende, Heleno Bernardi promove intervenções urbanas singulares, “resgatando e valorizando objetos do passado que, uma vez destacados, iluminam nossa compreensão de nós mesmos” e “ativando com precisão, no corpo da cidade, um ponto nevrálgico, numa intervenção simples, mas que atua profundamente, liberando energia e possibilitando novas linhas […]
Em Pra Te Ver Melhor, Kika Levy escolheu uma técnica milenar, a da impressão direta do objeto a representar em uma superfície sensível – nesse caso, samambaias no papel de gravura. Assim nasceram as primeiras imagens do mundo, como as mãos em negativo nas paredes das cavernas pré-históricas, e muitas outras que atravessaram a história da arte, da ciência e da técnica, desde o santo sudário até os moldes de corpo de Rodin, passando pelas máscaras mortuárias, os fotogramas ou as impressões digitais.
Por Cauê Alves * Na tradição da arte, trabalhos tridimensionais, mesmo quando representam em seu interior luzes e sombras, necessitam de iluminação para serem vistos. Dan Flavin, Olafur Eliasson, James Turrell, entre outros, são exceções que invertem essa lógica.A obra de Daniel Nogueira também está entre as que emitem luz. Toda a experiência visual e […]
Por Helena Byington Olhar para dentro, olhar para fora. Seja com uma lupa para micro objetos ou com uma prensa de mais de um metro, Kika Levy explora a terra, as raízes e o fogo em sua nova série de gravuras, “Paisagens vermelhas”.
Delicadeza e precisão. De posse desses dois atributos tão caros à arte, Kika Levy nos presenteia com monotipias reveladoras da natureza que nos cerca - e de novos caminhos de seu próprio trabalho. Fruto de sua residência artística no ateliê de gravura da Oficina Cultural Oswald de Andrade, que expõe até dezembro o trabalho da artista, Kika Levy trabalhou pela primeira vez em prensa de grandes dimensões.
Miradas são obras que exploram cosmogonias – e a relação do humano com o universo, através do olhar. Criação do artista Feco Hamburger, aproximam os espectadores da obra, que a exploram, encantados, sob ângulos diversos. Revelam paisagens, cenários e mistérios. Um dos maiores sucessos da carreira desse artista inquieto, conheça as novas Miradas de Feco Hamburger […]
Disse Cézanne: “Quando eu preciso julgar uma arte, eu levo minhas pinturas e as deixo próximas a um objeto feito por Deus, como uma árvore ou uma flor. Se os dois lados combatem, elas não são arte”. A frase, do Grande Mestre, serve, se não para um julgamento, certamente para uma avaliação do projeto artístico de […]
Muito já se falou sobre a pintura como cópia do visível, e como em poucos períodos utópicos de sua história, se considerar-se a história da pintura apenas 500 anos de alguns poucos países do sudoeste da Europa e 50 anos da América do Norte, tentou-se achar um lugar autônomo para a sua existência. Uma pintura […]
Por Walter Carvalho Muitos foram os escritores, poetas e compositores que cantaram e imortalizaram a paisagem de Copacabana. Agora é o olho de Kitty Paranaguá que traz uma constelação de luz que estala, branca, nas paredes das fachadas maculadas pela prata intensa dos seus filmes. Suas formas fotográficas se materializam numa obliquidade de ângulos que […]
Com curadoria de Diógenes Moura, 15 imagens da série Campos de Altitude, da fotógrafa carioca Kitty Paranaguá, ganharam as paredes do Centro Cultural Justiça Federal (CCJF), como parte do Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, em maio de 2017. Republicamos a seguir o texto de Diógenes, que busca dar conta da complexidade e do […]
As artes visuais têm atravessado, no Brasil, um dos seus maiores períodos de silêncio. Em parte, porque artistas e curadores brasileiros das gerações recentes se educaram pelo maneirismo de serem aceitos na cena internacional e, com isso, um corredor de mimeses foi criado na direção da arte conceitual e do minimalismo.
Convidada pela curadora Germana Monte-Mór, a artista plástica Leda Catunda, que dispensa apresentações, comenta a produção de Sandra Mazzini, no âmbito de coletiva de novos nomes da pintura brasileira.
A exposição das obras de Heleno Bernardi que se apresenta na Janaina Torres Galeria, com ênfase em suas pinturas, permite constatar o quanto de pesquisa, de talento e de poder conceitual tem marcado todo o labor desse artista de enorme força (...)
Os limites espaço-temporais da nossa percepção, condenada ao que se alcança com os olhos e ouvidos confinados num horizonte circular e fincados no presente, geram como reação o fabrico de mapas e modelos de toda ordem. Descrever ou simplesmente nomear algo implica uma forma ainda que insubstancial de captura. Não se mapeia apenas o que se vê, mas mapeia-se para se ver melhor.
Por Alexandre Sá * A situação é inusitada: máscaras, pistola, proteção, óculos, chapéu, compressor e alguns outros elementos que talvez não sejamos capazes de capturar. O artista está lá, vestido de branco e com a arma em punho. Parece sempre preparado para uma guerra específica em algum lugar inóspito. O espaço é um terreno abandonado […]
Marcia Thompson, sem título, óleo sobre linho Por Luisa Duarte * Como já foi escrito, a obra de Marcia Thompson filia-se a uma vertente da arte que possui raiz no pós-minimalismo. Eva Hesse seria o exemplo maior de um nome representante desse período e cuja obra é uma inspiração para a artista. Se a minimal, […]
Por Roberto Conduru * A série de intervenções recentes de Heleno Bernardi reafirma o processo firme, calmo e discreto com o qual ele vem constituindo uma poética artística. Independentemente das diferenças quanto aos elementos e meios por ele usados, Enquanto falo, as horas passam se conecta às suas obras expostas previamente. Assim, dá continuidade e […]
Ensaio sobre Apologia de Sócrates, de Heleno Bernardi, publicado no livro Apology of Socrates – Doors Galerie – 2006. Por Roberto Corrêa dos Santos Não se trata da beleza – trata-se do pensamento. Não que se despreze a beleza, pois bem importa; surge aqui a beleza, de início, pelo laborioso expressar de seu avesso. Um […]
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